René Descartes foi um filósofo, fisiologista e matemático francês. Nasceu em La Haye, província de Touranne a 31 de Março de 1596. O seu pai, Joachim Descartes (advogado e juiz), possuía terras e era conselheiro no Parlamento de Rennes, na Bretanha. A sua mãe, Jeanne Brochard morreu no seu terceiro parto, quando Descartes tinha um ano. A partir daí foi criado pela sua avó.
Em 1619 foi para a Holanda e alistou-se no exército de Maurício de Nassau. Aí conheceu o duque filósofo, doutor e físico Isaac Beeckman.
Com 23 anos viajou para a Dinamarca, Polónia e Alemanha, onde, no dia 10 de Novembro de 1619, teve uma visão, num sonho, de um novo sistema matemático e científico. Três anos depois retornou a França e passou os anos seguintes em Paris, onde se concentrou na sua visão.
Em 1628, René Descartes, incentivado pelo Cordeal De Bérulle, escreveu as “Regras para a Direcção do Espírito”. Depois partiu para os Países Baixos, onde viveu até os 53 anos.
Em 1629 começou a trabalhar no “Tratado do Mundo”, uma obra sobre a física, passados 4 anos Descartes não quis publica-lo porque Galileu iria ser condenado pela Igreja Católica. Com 39 anos teve a primeira filha, ilegítima, Francine, que morrera com 5 anos.
Com 41 anos publicou anonimamente o “Discurso sobre o Método para Bem Conduzir a Razão a Procurar a Verdade através da Ciência”. O seu nome e as suas obras tornaram-se conhecidos com a divulgação deste trabalho e a sua afirmação “Cogito, ergo sum”(Penso, logo existo).
Em 1641, surgiu a sua obra mais conhecida: as “Meditações Sobre a Filosofia Primeira”, com os primeiros seis conjuntos de “Objecções e Respostas”. Os autores das objecções foram Johan de Kater, Mersene, Thomas Hubbes, Arnaul e Gassendi. A segunda edição das meditações incluía uma sétima objecção, feita pelo Jesuíta Pierre Bourdin, seguida de uma “Carta a Dinet”.
Em 1643, a filosofia cartesiana foi condenada pela Universidade de Utrecht (Holanda) e, acusado de ateísmo, Descartes obteve a protecção do Príncipe de Ornge. No ano seguinte, lançou os “Princípios de Filosofia”, um livro de grande porte dedicado à física, o qual ofereceu princesa Elisabete de Boémia, com quem mantinha correspondência. Uma cópia manuscrita do “Tratado das Paixões” foi enviada para a rainha Cristina da Suécia, através de um embaixador francês. Frente a insistentes convites, Descartes foi para Estocolmo em 1649, com o objectivo de instruir a rainha de 23 anos em Matemática e Filosofia.
Num clima de muito frio, a saúde de René Descartes deteriorou-se. Em Fevereiro de 1650, com 54 anos, contraiu pneumonia e, dez dias depois, morreu.
Em 1667, depois da sua morte, a Igreja Católica Romana colocou as suas obras no Índice de Livros Proibidos, o Índex.
Em 1667, depois da sua morte, a Igreja Católica Romana colocou as suas obras no Índice de Livros Proibidos, o Índex.
David Carpinteiro
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